Espetáculo exalta a alma do Cerrado com dança, poesia e ancestralidade

Com emoção, ritmos e ancestralidade, o espetáculo “O Coração do Cerrado” vem encantando o público de Trindade (GO) ao unir dança contemporânea, manifestações populares e poesia. O projeto foi contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), iniciativa do Governo Federal executada pelo Governo de Goiás, e se destaca como um grito artístico pela valorização do segundo maior bioma do Brasil.

A obra transporta o espectador para as raízes culturais e naturais do Cerrado, destacando sua biodiversidade, suas lendas e as comunidades que fazem desse território um espaço de resistência. A montagem propõe uma reflexão crítica sobre o impacto ambiental e humano que ameaça esse patrimônio vivo.

Sob direção da coreógrafa e produtora cultural Cristiane Cruz, o espetáculo revela um Cerrado que pulsa em cores, sons e movimentos. As paisagens áridas, as águas escondidas e a força de seu povo são retratadas com sensibilidade e vigor, convidando o público a mergulhar nesse universo multifacetado.

Movimento

As coreografias passeiam por ritmos como o catira, as festas juninas e a dança contemporânea, criando uma narrativa corporal que mistura o tradicional e o moderno. Os bailarinos, em sintonia com a trilha sonora e elementos visuais, constroem um ambiente que desperta emoção e pertencimento.

Mais do que uma apresentação artística, “O Coração do Cerrado” é um manifesto. Em tempos de avanço do desmatamento e da monocultura, o espetáculo convida à conscientização e ao respeito pela natureza e pelas comunidades tradicionais. “Nosso solo é mais que paisagem: é um coração que bate por todos nós”, afirma Cristiane Cruz.