Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu o centro de Mianmar na noite de ontem (27), com epicentro próximo a Mandalay, a segunda maior cidade do país. O forte tremor foi sentido em diversas partes do Sudeste Asiático, alcançando até mesmo a Tailândia, onde causou pânico e danos estruturais significativos.
O terremoto resultou em pelo menos 140 mortes e deixou mais de 700 feridos em Mianmar. As autoridades locais temem que o número de vítimas aumente à medida que as equipes de resgate avançam sobre os escombros. Muitas casas e edifícios históricos foram reduzidos a ruínas, incluindo a icônica Ponte Ava, uma das principais ligações de transporte da região.
As equipes de resgate enfrentam dificuldades para acessar as áreas mais atingidas, devido a estradas bloqueadas por escombros e danos estruturais graves. Além disso, a situação no país é agravada pelo conflito civil em andamento, o que dificulta ainda mais a mobilização de socorro e assistência humanitária.
O governo de Mianmar solicitou ajuda internacional, pedindo apoio logístico e suprimentos médicos para lidar com a crise. Organizações humanitárias, como a Cruz Vermelha e a ONU, já estão mobilizando equipes para prestar socorro à população afetada.
Embora o epicentro tenha sido em Mianmar, o tremor foi fortemente sentido na Tailândia, principalmente na capital, Bangkok. Um arranha-céu em construção de 30 andares desabou, deixando pelo menos 10 mortos, 16 feridos e mais de 100 desaparecidos sob os escombros.
A Bolsa de Valores de Bangkok suspendeu temporariamente suas operações devido a preocupações com a segurança dos prédios comerciais. Além disso, o governo declarou estado de emergência e acionou equipes de resgate para avaliar os danos e garantir a segurança da população.
Diversos moradores de Bangkok relataram momentos de pânico, com prédios balançando e objetos caindo das prateleiras. Muitos deixaram suas casas e passaram a noite ao ar livre, temendo réplicas do tremor.
O terremoto ocorreu a uma profundidade de apenas 10 km, o que intensificou seu impacto. Segundo especialistas, a falta de regulamentação para construções resistentes a sismos na região contribuiu para o colapso de diversos prédios.
"As construções mais antigas não foram projetadas para suportar tremores de grande magnitude, e isso explica a extensão dos danos que estamos vendo tanto em Mianmar quanto na Tailândia", explicou o geofísico tailandês Narongchai Supawong.
Além disso, os cientistas não descartam a possibilidade de novas réplicas do terremoto nas próximas horas ou dias, o que pode aumentar ainda mais os riscos para a população.
O terremoto de 7,7 graus evidenciou a vulnerabilidade da infraestrutura da região e a necessidade urgente de reforçar a segurança dos edifícios contra desastres naturais. Governos e especialistas ressaltam a importância de investimentos em protocolos de preparação para emergências, para minimizar os impactos de futuros eventos sísmicos.
Enquanto isso, os trabalhos de resgate continuam em Mianmar e na Tailândia, com equipes correndo contra o tempo para encontrar sobreviventes e prestar assistência às vítimas desse desastre devastador.
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