"Existiam muitas contradições"
A frase de Ricardo Salada, membro do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, dita durante entrevista ao podcast Vênus, resume por que Suzane von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos confessaram ser os culpados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen — crime que parou o Brasil em 2002.
Com uma sequência de álibis refutados pela Justiça, o trio assumiu a autoria do crime sete dias após a morte do casal, pais de Suzane.O desenrolar da investigação e as confissões são mostrados em "A Menina que Matou os Pais - A Confissão", produção do gênero true crime, disponível a partir de hoje no Amazon Prime Video.
O que o novo filme mostra?
O terceiro longa chega à plataforma quase dois anos após o lançamento de "A Menina Que Matou Os Pais" e "O Menino Que Matou Meus Pais", produções lançadas simultaneamente e que apresentam duas versões diferentes do crime, uma de Suzane e outra de seu ex-namorado, Daniel.
Já o novo título tem o intuito de mostrar o trabalho da polícia para desvendar o mistério. A narrativa começa a partir do momento que os dois primeiros filmes acabam, com a morte do casal Von Richthofen pelas mãos dos irmãos Cravinhos. Acompanhamos, a partir dali, as tentativas de criar álibis e despistar a polícia.
Baseado nos autos do processo e no livro "Casos de Família", da criminóloga Ilana Casoy — que acompanhou o caso e é corroteirista do filme —, "A Menina Que Matou os Pais — A Confissão" recria situações inusitadas que ficaram famosas entre o público.
Um exemplo é o momento do enterro de Manfred e Marisia, quando o caso ainda era chamado de Crime do Brooklin e não se sabia do envolvimento da filha nos assassinatos.
Nas imagens, registradas à exaustão por repórteres, Suzanne von Richthofen chora a perda dos pais. No entanto, ela usa blusa preta curta, deixando o umbigo à mostra, destoando totalmente do momento trágico.
No longa, Carla Díaz, atriz que interpreta a jovem, aparece com as mesmas roupas. Como acompanhamos a visão policial, os oficiais que investigam o crime acham estranho o comportamento.
Segundo Roberto Tardelli, promotor de Justiça que acompanhou o caso, aquele momento soou como um alerta. "Notei no velório do casal, quando vi a Suzane com o cabelo escovado e uma blusinha baby look, percebi haver algo errado. Depois de tantos anos de promotoria, falei para quem estava me ouvindo: ela está gritando gol", contou em papo exclusivo com Splash.
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